Em primeiro lugar, que nós não somos senhores de nada. O livre-arbítrio é só historinha romântica. Estamos à deriva, as coisas nunca são como a gente escolhe - eu sei: todo mundo sabe disso; eu mesma sempre tive essa consciência. Mas é muito diferente quando isso é apenas uma realidade abstrata e, de repente, torna-se uma realidade fática, concreta. O jeito é deixar a vida correr, fluir. Invariavelmente, aliás, esse é o único jeito.
A segunda é que o mundo dá voltas. Muitas. E nessas voltas, alguns papéis podem se inverter. Eu me vi sendo presa na história em que fui o predador durante muito tempo. Disso, eu aprendi que devemos agir com o outro como se esse outro fosse nós mesmos; para quando os papéis se inverterem, o outro lado não nos ser tão ruim.
Aprendi também que a saudade revela sentimentos, intensifica-os. (Aqui vale a velha, porém verdadeira, máxima: a gente só sente saudades do que valeu à pena.)
Eu aprendi a criar laços.
Eu reaprendi a ter calma, a esperar.
Eu aprendi a chorar e ser forte, a dizer "eu amo você" sem nenhuma vergonha.
Eu aprendi a trabalhar e a dar o melhor de mim.
2008 me fez forte, alegre, decidida, sensível, esperançosa, paciente, guerreira, amiga.
2008 me fez viva.
E a você? O que 2008 lhe ensinou? O que ele fez de você?
Feliz Ano Novo, meus queridos. Que 2009 também venha com força!